23 março 2010




A bossa nova ecoava de fundo e o céu lá fora estava cinzento, ameaçando chover a qualquer minuto. Eu parei, durante segundos, pus o livro de lado e perdi-me nos meus pensamentos, sentia-me num filme a preto e branco dos anos 50. A música, o dia cinzento lá fora, o cliente da frente, concentrado, a ler um romance qualquer e o empregado com ar de Italiano limpava as mesas como se de a sua arte se tratasse. A música ao fundo soava "Não tenho medo da morte, não tenho medo do amor, não tenho medo do mundo.."
Olhei para o relógio. Meio dia. Abandonei sem vontade a mesa do café e aquele momento só meu.

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