14 março 2010

Adolescências traumáticas

Uma das coisas boas de estar em casa é que podemos reler os nossos diários antigos. E consequentemente nos rirmos com vontade.
Pois eu escrevi isto há 6 anos, e acreditem, não consigo mesmo saber do que é que estava a falar:

"O melhor de mim enquanto sonhadora, é ser realista! (O melhor? that is the question) e agora começo aqui a filosofar sobre se ser realista é bom ou mau...
Porque é que eu tenho a sensação que a vida ainda pode ser um conto de fadas? Que tudo pode ser perfeito e cor-de-rosa? Talvez assim a desilusão seja maior, a queda mais alta. Pos vezes as coisas podem ser tal e qual como estávamos à espera, podem ser perfeitas e as pessoas podem ser felizes.
As pessoas vão ser felizes quando deixarem de ser egoístas e individualistas. OK. isto toda a gente sabe, e toda a gente o é. Por vezes sei que sou egoísta e individualista e muito mais, mas foi a sociedade que me modificou. Se as pessoas que me rodeiam são assim, e eu sempre convivi com isso, porque nao ser assim também? Porque assim nunca conseguirei ser completamente feliz e a minha vida nunca vai ser perfeita.
Voltando à questão inicial, eu sei que sou uma sonhedora incorrigivel, estou sempre a imaginar os "e ses" que a vida me poderia dar, e a imaginar os caminhos que ela me poderia levar. Mesmo sabendo que as coisas nunca se vão passar da forma que eu as imaginei, nem parecidas. Que na melhor das hipoteses, se acontecesse, a forma que eu reagiria seria a forma que eu imaginei. Mas se acontecer, será exactamente igual e, logicamente, a reacção também seria igual. É aqui que entra a parte de eu ser realista, e dentro desse lado de mim, está um sub-lado de insegurança. O que é bom, pois por um lado impede-me de tomar algumas decisões que não devem ser tomadas. Por outro lado também pode ser mau porque às vezes fico a perder por não tentar, e só ganho em sonhos e pensamentos. Pensando bem, acho que nunca fiquei a perder por ser realista e um pouco insegura. Acho que essa é mesmo uma parte boa de mim!"

Há alí uma parte que tive de ler 10 vezes com cara "mas que raio tava eu a pensar".. e Achei piada à conversa de sub-lados, ainda vou originar uma nova corrente da psicologia. Mas vá, tinha 16 anos, podia ser pior.

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